Evangelho, Homilia e Santo do dia

LITURGIA DIÁRIA

15ª Semana Comum – Quarta-feira 13/07/2016

Evangelho (Mt 11,25-27)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

25Naquele tempo, Jesus pôs-se a dizer:
“Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da
terra, porque escondeste estas coisas aos
sábios e entendidos e as revelaste aos
pequeninos. 26Sim, Pai, porque assim foi do
teu agrado. 27Tudo me foi entregue por meu Pai,
e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém
conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o
Filho o quiser revelar”.
— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

HOMILIA DIÁRIA

A graça de Deus é reservada aos humildes de coração

Quando o coração é humilde, pequeno e sedento de Deus,
tudo que vem d’Ele é novidade, tem um sabor novo

“Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque
escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as
revelaste aos pequeninos” (Mateus 11, 25).

Um grande hino de louvor toma conta do coração de Jesus,
e Ele exulta em Deus. Por que Jesus está louvando e exultando
de alegria no coração do Pai? Porque os tesouros do céu, os
tesouros do Pai do Céu, não foram revelados aos sábios e
entendidos.

O mundo está cheio de pessoas que se acham sábias, que
entendem e sabem de tudo. Aliás, encontramos ao nosso
lado sempre as pessoas que tudo sabem. Hoje, ninguém
mais quer aprender, porque já sabem: “Ah, eu já sei!”.

É interessante uma criança: é pequenina, mas quer aprender
tudo de seu pai e de sua mãe, mas assim que se atira para
a vida, ela quer ensinar, já não quer mais saber. A mãe vai
corrigi-la e diz: “Já sei! Não precisa falar mais, porque já sei!”.

Você acha que o marido quer saber alguma coisa de sua esposa,
mas ele diz: “Eu já sei! Não precisa me falar, porque eu já sei!”.
Você acha que o irmão quer aprender com o outro, mas ele diz:
“Eu já sei! Não precisa me ensinar nada!”.

Hoje, vivemos num mundo onde ninguém precisa aprender mais nada,
porque cada um se sente mais sábio do que o outro. O ruim do
sábio ou dos que se acham sábios é que se apoiam em sua inteligência,
em sua sabedoria, em seu conhecimento, e usam disso, inclusive, para
dizer o que o outro não sabe, pois quem sabe é ele. Vivemos num mundo
de sabichões, onde cada um se põe a saber mais do que o outro.

A sabedoria de Deus corre da sabedoria deste mundo. A sabedoria divina
está nos corações simples, humildes e mansos! Quando você se propõe a
pregar a Palavra de Deus, há aqueles que dizem: “Ah, já sei o que o
padre vai falar! Já conheço! Já sei o que é isso!”, mas não abstraem,
não saboreiam, não pegam a novidade de Deus, porque “já sabem”.
Mas quando o coração é humilde, pequeno e sedento de Deus, tudo que
vem d’Ele é novidade, tem um sabor novo.

Na vida também é assim: podemos até já saber fazer uma coisa, mas,
se deixarmos o outro nos ensinar, se aprendermos com ele, o que
sabemos se tornará melhor, mais amplificado e sábio. Porém, quando
não estamos dispostos a escutar o outro, o que sabemos se torna
ignorância, soberba e orgulho.

A graça de Deus não está reservada aos soberbos desta vida, aos
orgulhosos deste mundo, mas aos humildes, àqueles que se levantam
a cada dia e dizem: “Eu preciso aprender mais! Preciso aprender a
viver melhor a cada dia! Quero aprender com Deus. Quero aprender
com meu próximo, quero aprender com as pessoas mais simples desta
vida!”. As pessoas mais simples são as do campo, aquelas que vivem
uma vida de mais simplicidade. Essas são verdadeiras escolas de
sabedoria, que os nossos cientistas deixam muito a desejar.

Deus abençoe você!

 padreroger-9

SANTO DO DIA

Henrique e Cunegundes fazem parte deste “lustre”, pois viveram uma perfeita harmonia de afetos, projetos e ideais de santidade.

Henrique era filho de duque e nasceu num castelo na Alemanha em 973. Pertencia à uma família santa e por isso foi educado também por cônegos e, mais tarde, pelo bispo de Ratisbona, adquirindo assim toda uma especial formação cristã.

Conta-se que espiritualmente ele preparou-se intensamente para assumir o trono da Alemanha, mas isto sem saber, pois ainda jovem sonhara com estas breves palavras: “Entre seis”; e com isto interpretou primeiramente que teria seis dias antes de morrer, mas, como não aconteceu, preparou-se em vista de seis meses e em seguida seis anos até, por Providência, assumir o reinado.

No caso de Henrique o adágio de que “por trás de um grande homem está uma grande mulher” funcionou, pois casou-se com a princesa de Luxemburgo, Cunegundes, uma mulher de muitas virtudes e inúmeros dons ao ponto de ajudar por 27 anos seu esposo na organização do império e implantação do Reino de Deus.

Com a morte de Henrique II e seu reconhecimento de santidade, Conegundes foi morar num mosteiro, onde cortou o cabelo, vestiu hábito pobre e passou a obedecer suas superioras até ir ao encontro de Henrique no céu, isto quando tinha 61 anos.

Sendo assim, ambos morreram sob a coroa de Sacro Romano no império terrestre e a coroa da Glória no império celeste.

Santo Henrique e Santa Cunegundes, rogai por nós!

Deixe um comentário